terça-feira, 24 de maio de 2011

CONTABILIDADE GLOBALIZADA

Contador Zulmir Breda, Presidente do CRCRS
A internacionalização da Contabilidade, anos atrás, era uma tendência; hoje, uma realidade irreversível e irrefutável. Exemplo disso é a adoção das IFRS por parte do Brasil - Lei 11.638/07. A transição está ocorrendo de forma rápida e abrangente, se levada em conta as grandes e decisivas mudanças efetuadas nos procedimentos contábeis, até então vigentes. Atualmente, companhias abertas, instituições financeiras, seguradoras, empresas de grande porte e entidades obrigadas a prestação pública de contas devem elaborar as suas demonstrações contábeis de acordo com as IFRS, assim como todas as pequenas e médias empresas devem adotar as IFRS específicas, traduzidas na NBC T 19.41.
Bem, mas a Contabilidade dirigida aos órgãos públicos não poderia ficar alijada do processo de globalização e os profissionais que atuam na área contábil também foram conclamados para o desafio de adotar as novas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC T-SP), que aproximam as demonstrações contábeis dos entes públicos às normas utilizadas nas demonstrações contábeis societárias.
Um dos pontos principais da transição diz respeito à mudança do enfoque contábil, que, até então, era voltado para o controle orçamentário e passa a centrar-se em uma Contabilidade pública patrimonial, com a adoção do regime de competência para as receitas e despesas públicas.
O assunto é de extrema importância e a captação e difusão das informações fazem-se necessárias e urgentes.
Recentemente, participei do II Seminário Internacional de Contabilidade Pública, realizado em Belo Horizonte, onde o tema foi discutido amplamente por profissionais que estão debruçados sobre a matéria. No ensejo, foi proposto, a mim e à contadora Sandra Campos, integrante do Grupo de Normas Aplicadas ao Setor Público do CFC, dialogarmos, em um talk-show, sob o tópico “A visão do Sistema CFC/CRCs”, dentro do tema sugerido: “A Nova Contabilidade Pública - O Papel do Contador”. Nesse sentido, afirmamos que o papel do sistema é de ser o protagonista do processo, uma vez que é o órgão responsável pela edição das Normas Brasileiras de Contabilidade. Todavia, é necessário agir em parceria com os órgãos federais, especialmente a Secretaria do Tesouro Nacional? STN do Ministério da Fazenda, pois é a ela que está afeta a questão da regulamentação da Contabilidade Pública no Brasil. Os Tribunais de Contas também têm papel importantíssimo nesse processo, mormente na difusão e apoio para a implementação das novas regras nos Estados e Municípios. O mesmo vale para o meio acadêmico, na discussão do tema e na formação dos novos bacharéis em Ciências Contábeis.
A minha preocupação, assim como de todos os conselheiros deste CRCRS e do CFC, é esclarecer e capacitar os profissionais da área contábil sobre as alterações que se sucedem na Contabilidade Pública.
A exemplo do que fizemos, e estamos fazendo ainda, em relação às Normas Brasileiras de Contabilidade para pequenas e médias empresas, em que promovemos, incessantemente, cursos, palestras e seminários por todo o Estado, vamos fomentar o estudo e o conhecimento dessas inovações na área pública. No mês passado, viabilizamos o curso de uma semana sobre Contabilidade Aplicada ao Setor Público, com a presença de palestrantes da Secretaria do Tesouro Nacional, com o intuito de gerar multiplicadores do conhecimento adquirido.
Colegas, a atualização é uma exigência. Não há possibilidade de ignorar as transformações que vêm ocorrendo; portanto, participe do programa de Educação Continuada, promovido pelo CRCRS, assim como dos eventos realizados em pareceria com as entidades representativas da classe contábil do RS. Somos todos parceiros nesse desafio. Conte conosco!

FONTE: http://revistacrcrs.tempsite.ws/pub/crcrs/index2//index.jsp?edicao=14

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